segunda-feira, 31 de maio de 2010

neste verão (parte três)

- É... - começa o médico - ela teve uma parada cardíaca grave, mas agora, está tudo sob controle - diz ele com uma cara não muito convincente.
- E quais são os procedimentos que devemos tomar? - perguntei, quando vi que o Felipe estava paralisado.
- Olha, senhorita... - parou quando se deu conta que não sabia meu nome.
- Lucia - ajudei.
- Senhorita Lucia, ela está bem fraca, então o ideal seria que tivesse uma enfermeira com ela em casa, para ajudar a comer, tomar banho... - ele parece ser gentil.
- Desculpa doutor, mas eu não tenho dinheiro para pagar uma enfermeira - Felipe abre a boca pela primeira vez.
- Calma, a gente dá um jeito - procuro tranquilizá-lo.
- Vou deixar vocês sozinhos um pouco - o médico lê meus pensamentos.
- Não sei o que fazer agora, não vou poder cuidar dela... - Felipe desabafa.
- Vou te ajudar, já volto - digo.
Fui falar com o médico, e ele muito gente boa, disponibilizou uma aprendiz de enfermeira para nos ensinar os cuidados básicos, e não precisaríamos pagar muito. Quando contei a notícia, só faltou ele pular em meu pescoço.
Três semanas depois, já estava quase um enfermeira formada, cuidando muito bem da Dona Maria Cecilia.
- Lucia, vem aqui um pouquinho - diz ele, quando sua vó acabou de pegar no sono.
Aproveito que ela está dormindo profundamente e vou.
- Olha, eu queria te agradecer por tudo o que você está fazendo por mim... - à essa altura, já tinha me perdido em seu olhar.
- Magina... - tentei parecer normal.
Ficamos nos olhando por vários minutos, até que ele pega a minha mão e se aproxima de meu rosto. Fecho os olhos e penso, era tudo o que eu precisava agora. Uma voz interrompe o meu momento:
- Desculpa - diz ele.
- Como assim? - fico sem entender nada.
- É que...

Continua no próximo post.

A Menina.

domingo, 30 de maio de 2010

neste verão (parte dois)

Esperei mais meia hora, nada. Pronto, já me esqueceu, nem liga mais. Eu sabia que isso ia acontecer, porque eu fui tão idiota? Quem se importaria com uma retardada que cai na beira do mar? Ouvi sirenes, segui o som. Vejo os paramédicos levando uma senhora na maca, quando olho para o portão vejo ele, secando as lágrimas. Corro o mais rápido que posso, abraço-o. Foi o melhor abraço que eu me lembro de ter dado, verdadeiro, sincero, perfeito.
- O que houve? - pergunto.
- Eu estava tomando banho, ouvi um grito, quando eu vi minha vó estava no chão - ele respode.
Eu não tinha nada para falar, só abracei ele o mais forte que eu podia.
- Vai comigo para o hospital? - ele faz a cara mais fofa do mundo.
- Claro - eu não tinha outra resposta.
Apenas eu, ele e o silêncio na ambulância, nossas mãos entrelaçadas e ele pensativo. Eu queria ajudar mais, mas eu não sabia como, achei melhor ficar quieta, era o melhor que podia fazer.
- O hospital não era o lugar que eu planejava conhecer, mas... - ele corta o silêncio.
- Calma, vai dar tudo certo - acalmo-o.
- Obrigado.
Não digo nada, apenas sorrio.
Esse caminho pareceu eterno. Chegando em nosso destino, os médicos encaminham sua vó aos procedimentos que devem ser tomados e nos pedem para esperar. É o que fazemos, sem falar nada, apenas ficamos abraçados, ele brincando com a minha mão e eu com a dele. Ele acaba dormindo, um anjo, resolvo não acordar.
Duas horas depois, vejo os médicos acenando.
- Felipe, acorda, acho que os médicos querem falar com você - tento ser o mais cuidadosa possível.
- Ah, sim - a cara de sono dele me encanta.
- Você que está com a Dona Maria Cecilia? - pergunta um médico, alto, de olhos claros.
- Sim, ela mora sozinha aqui, estou passando férias em sua casa - ele responde, tremendo.
- Bom, então é com você que eu tenho que falar - diz o médico.
Gelei.

Continua,
A Menina.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

neste verão

Resolvi escrever uma história, ela vai ser dividida em posts, o primeiro é hoje.

Neste Verão (parte um)

N

Acho que foi a visão mais perfeita que eu já tive. Nunca pensei que andar na praia de tardezinha me traria tantas emoções. Lá estou eu, atravessando as dunas quando eu vejo alguém sentado na areia, sim, esse alguém era ele, o menino mais perfeito que eu já conheci. Pensei comigo ‘acho que eu vou passar ali na frente, pra ver se ele repara em mim’. Foi o que aconteceu, mas não exatamente do jeito que eu queria que ele reparasse. Resolvi andar pela água, olhando para ele. Minha última lembrança é uma onda me derrubando e ele vindo correndo.

- Oi, nossa, você está bem? – pergunta ele.

- É, er, sim. – respondo, roxa de vergonha.

- Prazer, meu nome é Felipe, quer ajuda?

- Ahm, olá, Lucia. Não, estou bem.

- Vem cá, vamos sentar ali na areia, dar um tempo pra você se recuperar.

Nessa hora eu agradeci o senhor das águas por mandar uma ondinha mais forte e me fazer cair.

- E aí, me conta, você mora aqui? – diz ele.

- Moro sim, e você? – respondi, quase morrendo de vergonha.

- Ah, eu estou de férias na casa da minha avó, não moro aqui. – ele.

- Hm, que legal, e está gostando? – eu.

- Estou sim, essa cidade é linda! – ele.

- Já conhece aqui? – eu.

- Não muito, você poderia ser minha guia? – ele.

- Claaro! – devo ter feito uma cara de muito feliz, porque ele riu e balançou a cabeça, maravilhosamente.

- Então ta, e podemos começar hoje? – pergunta ele, tirando as palavras da minha boca.

- Podemos sim, só vou em casa tomar um banho. A gente se encontra aqui em uma hora? – pergunto.

- Combinado.

Tomei banho, voltei, ele ainda não estava lá.

Continua no próximo post. Dêem sugestões, críticas, opiniões.

Beijo,

A Menina

terça-feira, 25 de maio de 2010

viver sem te ter

Andar de carro, ouvir música e pensar... Deu nisso ai:

'Estou aqui esperando a chuva passar e você é a única coisa que eu consigo pensar. Tanto tempo esperando por um amor perdido ou será que ele ainda está escondido? Está tudo se perdendo no tempo, como folhas voando ao vento. Imagine se tudo fosse perfeito, não é, minha vida é igual a sua, também tem defeito. Você vê o brilho no meu olhar? Seria mágico se eu pudesse te tocar. Vê o sorriso da criança? É o que ainda me dá esperança. Tantas coisas mais importantes no mundo, mas é em você que eu penso a cada segundo. Estou tentando mudar, mas voce não se dispôs a me ajudar. Está sendo impossível viver sem pensar em te ter. Acredite em mim, não vou te decepcionar, o que eu se fazer, é apenas te amar.'

A Menina.

domingo, 23 de maio de 2010

pão com margarina

Este post é dedicado ao Felipe (@RealFelipeReis), que foi a minha maior inspiração para a construção do blog, fez com que eu me lembrasse de coisas que eu tinha esquecido, coisas essenciais, simples. Muito obrigada. E sim, acredito que o amor pode mudar as pessoas, positivamente.


Estava tudo escuro, tudo dando errado, mas você apareceu, as coisas começaram a se iluminar, tudo pareceu ficar mais nítido, eu comecei a ver as pessoas dp jeito que elas realmente são. Isso é bom? Talvéz. Descobri que estava sendo enganada. Enganada pelas pessoas que eu achava que seriam as últimas a praticarem essa ação, pois é.
Você fez com que eu visse o sorriso, o brilho no olhar, a personalidade de cada um.
Não me importa mais o que os outros vão pensar. E daí? Sim, eu gosto de PÃO com MARGARINA.
A sua personalidade eu sei que é incrível, agora quero ver o SEU sorriso, o SEU olhar, pessoalmente. Eu quero o SEU abraço, eu quero VOCÊ. Para me guiar, me orientar, é tudo muito recente e eu preciso de um amigo, mas não vai ser amizade passageira, como muitos fazem, usam as pessoas. Não. Vai ser tudo de verdade, prometo.
Ainda espero o dia em que a gente vai se encontrar.

Quando vejo você por perto, perco a fala e sinto calafrios, e não paro de questionar sobre as voltas que a vida dá, e como tudo mudou de uns tempos pra cá. Não sei por que minhas pernas tremem e eu perco o ar.

Obrigada,
A Menina


Deem sugestões para o próximo post.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Uma menina apaixonada que sentiu necessidade de criar um espaço onde ela possa falar o que quer sem ser julgada. Falarei o que sinto, direi o que penso, ajudarei se puder, conte comigo.

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim, que nada nesse mundo levará você de mim. Eu sei e você sabe que a distância não existe, que todo grande amor só é bem grande se for triste. Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer, pois todos os caminhos me encaminham prá você. Assim como o oceano só é belo com o luar, assim como a canção só tem razão se se cantar, assim como uma nuvem só acontece se chover, assim como o poeta só é grande se sofrer, assim como viver sem ter amor não é viver. Não há você sem mim, eu não existo sem você. (Vinicius de Moraes)


Por hoje é só, ainda estou aprendendo a mexer aqui. Vou preparar um texto bem legal para o próximo post.

Um beijo,
A Menina.